O Carm. 1.3 de Horácio, duas traduções de Elpino Duriense e duas imitações quinhentistas
DOI:
https://doi.org/10.24277/classica.v34i1.893Palavras-chave:
Horácio , Odes 1.3 , tradução , Elpino Duriense , Antônio Ferreira , CamõesResumo
Neste artigo pretendo discutir a presença do Carm. 1.3 de Horácio nas letras portuguesas, em particular em duas traduções de Elpino Duriense e duas imitações quinhentistas, uma de Antônio Ferreira (Odes 1.6) e outra de Luís de Camões em Os Lusíadas (4.102-4), no discurso do Velho do Restelo. Apesar de algumas críticas à composição horaciana como a de um poeta imaturo, parece que o poema teve importante fortuna, já na Antiguidade, e de maneira particular no séc. XVI português. As imitações quinhentistas tiveram sua fortuna nas letras portuguesas e Elpino Duriense considera a de Antônio Ferreira em uma de suas traduções.
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