Variação linguística na Índia antiga: uma questão sem fim
DOI:
https://doi.org/10.24277/classica.v9i9/10.529Palavras-chave:
Sânscrito, Linguística sânscrita, Linguística indiana, Variação linguística, Variação linguística na Índia antiga.Resumo
Estudiosos da linguagem na Índia antiga, em trabalhos relativos aos mais variados domínios – fonética, fonologia, morfologia, sintaxe, semântica, estilística etc. –, sempre se referiram à variação linguística: desse modo, seria óbvio entender porque nunca estabeleceram qualquer norma linguística que excluísse todas as outras como erradas e porque sempre elaboraram gramáticas da fala. Essa não é, entretanto, a visão que se pode depreender do trabalho dos sanscritistas – que, de obra a obra, de década a década, insistem em recomeçar, com a linguística indiana antiga, um dialogo sempre truncado. Este ensaio, relendo a Grammaire sanskrite de Louis Retzou, estabelece um balanço e um contraponto de textos significativos para o assunto.
Downloads
Referências
AGRAWALA, Vasudev Sliaran. India as known to Panini. A study of the cultural material in the Ast-adhyayi. Varanasi: Prithivi Prakaslian, 1963.
APTE, Mahadev. Mass Culture, Language and Arts in India. Bombay: Popular Prakashan, 1978.
BALLY, Charles. E1 lenguaje y la vida. 3. ed. Buenos Aires: Losada, 1957.
BANSAT-BOUDON, Lyne. Poétique du théâtre indien. Lectures du Natyasastra. Paris: Ecole Francaise d'Extreme Orient, 1992.
BELL, Roger T. Sociolinguistics: goals, approaches and problems. London: B. T. Bartsford, 1976.
BIARDEAU, Madeleine. Théorie de la connaissance et philosophie de la parole dans le Brahmanisme classique. Paris: Mouton, 1964.
BRIGHT, William. As dimensões da Sociolinguística. In: FONSECA, Maria Stelia V.; NEVES, Moema F. Sociolinguística. Rio de Janeiro: Eldorado, 1974. p.17-23.
CAILLAT, Colette (Org.) . Dialectes dans les litteratures ilzdo-aryennes. Paris: College de France; Institut de Civilisation Indienne, 1989.
CARDONA, George. Panini: a survey of research. Delhi: Motilal Banarsidass, 1980 [= The Hague: Mouton, 1976].
COSERIU, Eugenio. Teoria del lenguaje y linguistica general. Madrid: Gredos, 1967.
COULSON, Michael. Sanskrit. An Introduction to the Classical Language. London: Hodder and Stoughton, 1976. (Coleção Teach Yourseif Books.)
DANDEKAR, R. N. Post-Vedic literature. In: ______. The Age of Guptas and other essays. Delhi: Ajanta, 1982.
DANDEKAR, R. N.; NAVATHE, P. D. (Org.). Proceedings of the Fifth World Sanskrit Conferente. New Delhi: Rashtriya Sanskrit Sansthan, 1985.
FISCHER, John L. Influencia na escolha de variantes linguísticas. In: FONSECA, Maria Stelia V.; NEVES, Moema F. Sociolinguística. Rio de Janeiro: Eldorado, 1974. p. 87-98.
FISHMAN, Joshua. A sociologia da linguagem. In: FONSECA, Maria Stelia V.; NEVES, Moema F. Sociolinguística. Rio de Janeiro: Eldorado, 1974. p. 25-40.
FONSECA, Carlos Alberto. Teias sobre o Sânscrito. Um estudo da consciência linguística na Índia antiga. 1988. Tese (Doutorado) – USP, São Paulo, 1988.
FONSECA, Maria Stelia V.; NEVES, Moema F. Sociolinguística. Rio de Janeiro: Eldorado, 1974.
HENRY, Victor. Précis de grammaire pâlie. Paris: Imprimerie Nationale, 1904.
KIPARSKY, Paul. Panini as a Variationist. Pune: Centre of Advanced Study of Sanskrit, University of Poona, 1980.
MACDONELL, Arthur A. A Sanshrit Grammar for Students. 3. ed. Oxford: Oxford University Press, 1927.
PRETI, Dino. Sociolinguística: os níveis da fala. 4. ed. rev. e mod. São Paulo: Nacional, 1982.
RENOU, Louis. Faits de langue propres au Paippalada-Atharvaveda. Études Védiques et Papinéens, n. 3, p. 105-119, 1957.
RENOU, Louis. Notes sur le Agveda. Hymnes aux Açvin. Études Védiques et Paniinéens, n. 16, p. 1-177, 1967.
RENOU, Louis. Panini. In: SEBEOK, T. A. (Org.). Current Trends in Linguistics. The Hague; Paris: Mouton, 1969. v. 5: Linguistics in South Asia. p. 491-498.
RENOU, Louis. The valid forms in bhasa (in the works of Sanskrit Grammarians). The Indian Historical Quurterly, n. 17, p. 245-250, 1941.
RENOU, Louis. Grammaire sanscrite. Paris: Librairie d’Amerique et d’Orien; Adrien Maisonneuve, 1975.
RENOU, L.; FILLIOZAT, Jean. L’lnde classique. Manuel des études indiennes. (Avec le concurs de Paul Demieville, Olivier Lacombe et Pierre Meile). Paris; Hanoi: Imprimerie National; École Française d’Extreme Orient, 1953. tome I1.
ROCHER, Rosane. The Hindu Grammars and Linguistic Changes. Journal of the Oriental Institute of Baroda, n. 11, p. 260-268, 1961.
SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de Linguística Geral. 7. ed. São Paulo: Cultrix, 1975.
SEBEOK, T. A. (Org.). Current Trends in Linguistics. The Hague; Paris: Mouton, 1969. v. 5: Linguistics in South Asia.
SEN, Sukumar. Paninica. Calcutta: Calcutta Sanskrit College, 1970. p. 1-16.
SOUTHWORTH, Franklin C. Language and Mass Communication in India. In: APTE, Mahadev. Mass Culture, Language and Arts in India. Bombay: Popular Prakashan, 1978. p. 30-53.
VARENNE, Jean. Grammaire du Sanshrit. Paris: PUF, 1979.
VEER, Yajan. A tale of three terms (va, vibhasa and anyatarasyam). In: DANDEKAR, R. N.; NAVATHE, P. D. (Org.). Proceedings of the Fifth World Sanskrit Conferente. New Delhi: Rashtriya Sanskrit Sansthan, 1985. p. 432-440.
WARTBURG, Walter von. Problemas e métodos da linguística. São Paulo: Difel, 1975.
WITZEL, Michael. Tracing the Vedic dialects. In: CAILLAT, Colette (Org.) . Dialectes dans les litteratures ilzdo-aryennes. Paris: College de France; Institut de Civilisation Indienne, 1989. p. 97-265.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online após o processo editorial (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal), já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
d. Autores autorizam a cessão, após a publicação, de seu conteúdo para reprodução em indexadores de conteúdo, bibliotecas virtuais, bases de dados de acesso público e similares.