Diálogo dos oradores
revisão crítica e fatiches
DOI:
https://doi.org/10.24277/classica.v35i1.987Palavras-chave:
Diálogo dos Oradores; Tácito; retórica latina; prosa imperial; fatiche.Resumo
Neste artigo, apresentamos o Diálogo dos Oradores, de Tácito, bem como a fortuna crítica da obra e o equipamento conceitual por ela mobilizado. Sua interpretação beneficia-se enormemente de uma abordagem que leve em conta aspectos sociológicos e psicológicos do contexto em que o Diálogo foi publicado, o qual explicamos, e passamos em revista alguns dos trabalhos de recepção crítica mais recentes. Por fim, introduziremos a noção de fatiche, devida a Latour, e ilustraremos como ela se adequa às possibilidades interpretativas do Diálogo.
Downloads
Referências
AMBROSIO, Renato. De rationibus exordiendi: os princípios da história em Roma. São Paulo: Humanitas, 2005.
ARICI, Azelia (ed.). Tacito. Dialogo degli Oratori, Germania, Agricola. Turim: UTET, 1959.
AVELLAR, Júlia; REZENDE, Antonio (ed.). Tácito. Diálogo dos Oradores. Belo Horizonte: Autêntica, 2014.
BEARD, Mary. Looking (harder) for Roman myth: Dumézil, declamation and the problems of definition. In: GRAF, Fritz (ed.): Mythos in mythenloser Gesellschaft: das Paradeigma Roms. Berlim: De Gruyter, 1993, p. 44-64.
BERG, Christopher Van den. Intratext, declamation and dramatic argument in Tacitus’ Dialogus de Oratoribus. The Classical Quarterly, v. 64, n. 1, p. 298-315, 2014.
BLOOMER, William. Roman declamation: the Elder Seneca and Quintilian. In: DOMINIK, William; HALL, Jon (ed.). A companion to Roman rhetoric. Malden: Blackwell, 2007, p. 297-306.
BRINK, Charles. History in the Dialogus de Oratoribus and Tacitus the historian: a new approach to an old source. Hermes, v. 121, p. 335-49, 1993.
BUZELIN, Hélène. Unexpected allies. The Translator, v. 11, n. 2, p. 193-218, 2005.
CHABU, Victor. Tradução dos discursos de Apro no Diálogo dos Oradores. Translatio, v. 21, p. 95-119, 2021.
DOMINIK, William. Tacitus and Pliny on oratory. In: DOMINIK, William; HALL, Jon (ed.). A companion to Roman rhetoric. Malden: Blackwell, 2007, p. 323-38.
DRESSLER, Alex. Poetics of conspiracy and hermeneutics of suspicion in Tacitus’ Dialogus de Oratoribus. Classical Antiquity, v. 32, n. 1, p. 1-34, 2013.
GILLIS, Daniel. The speaker of 36-40.1 in the Dialogus. Latomus, v. 31, n. 2, p. 512-8, 1972.
GUDEMAN, Alfred (ed.). P. Cornelii Taciti Dialogus de Oratoribus. Boston: Ginn & Company, 1894.
GUNDERSON, Erik (ed.). The Cambridge companion to the ancient rhetoric. Cambridge: Cambridge University Press, 2009.
GÜNGERICH, Rudolf. Kommentar zum Dialogus des Tacitus. Göttingen: Vandenhoeck & Ruprecht, 1980.
HÄUSSLER, Reinhard. Aktuelle Probleme der Dialogus-Rezeption: Echtheitserweise und Lückenumgang. Philologus, v. 130, n. 1-2, p. 69-95, 1986.
HESS, Reinhold. Zur Deutung der Begriffe: sententia, divisio, color bei Seneca. Schneidemühl: Gustav Eichstädt, 1900.
HEUBNER, Heinz (ed.). Cornelii Taciti libri qui supersunt. II Dialogus de Oratoribus. Berlim: De Gruyter, 1983.
INGHILLERI, Moira. The sociology of Bourdieu and the construction of the ‘object’ in translation and interpreting studies. The Translator, v. 11, n. 2, p. 125-45, 2005.
KRAGELUND, Patrick. Tacitus, Dio and the “sophist” Maternus. Historia: Zeitschrift für alte Geschichte, v. 61, n. 4, p. 495-506, 2012.
KÖHNKEN, Adolf. Das Problem der Ironie bei Tacitus. Museum Helveticum, v. 30, p. 32-54, 1973.
LATOUR, Bruno. Sobre o culto moderno dos deuses fatiches. São Paulo: Editora Unesp, 2021.
LUCE, Torrey. Reading and response in the Dialogus. In: LUCE, Torrey; WOODMAN, Anthony (ed.). Tacitus and the Tacitean tradition. Princeton: Princeton University Press, 1993, p. 11-38.
MAYER, Roland (ed.). Tacitus. Dialogus de Oratoribus. Cambridge: Cambridge University Press, 2001.
MONTEFUSCO, Lucia. La dottrina degli status nella retorica greca e romana. Hildesheim: Olms-Weidmann, 1986.
MURGIA, Charles. Loci conclamati in the minor works of Tacitus. California Studies in Classical Antiquity, v. 11, p. 159-78, 1978.
MURGIA, Charles. The length of the lacuna in Tacitus’ Dialogus. California Studies in Classical Antiquity, v. 12, p. 221-40, 1979.
GLARE, Peter (ed.). Oxford Latin Dictionary. Oxford: Oxford University Press, 1968-82.
POSSANZA, Mark. A crux in Tacitus Dialogus 5.3-4. Phoenix, v. 49, p. 131-9, 1995.
REINHARDT, Tobias. Cicero. Topica. Oxford: Oxford University Press, 2003.
REITZ-JOOSSE, Bettina. Denouncing one’s friends: the ending of Tacitus’ Dialogus. Mnemosyne, v. 67, p. 115-21, 2014.
RUTLEDGE, Steven. Oratory and politics in the Empire. In: DOMINIK, William; HALL, Jon (ed.). A companion to Roman rhetoric. Malden: Blackwell, 2007, p. 109-21.
STRUNK, Thomas. Offending the powerful: Tacitus’ Dialogus de Oratoribus and safe criticism. Mnemosyne, v. 63, n. 2, p. 241-67, 2010.
STUART, Duane. Tacitus. The Agricola. Nova Iorque: Macmillan, 1909.
SYME, Ronald. The friend of Tacitus. The Journal of Roman Studies, v. 47, n. 1/2, p. 131-5, 1957.
WINTERBOTTOM, Michael. Quintilian and the vir bonus. The Journal of Roman Studies, v. 54, p. 90-7, 1964.
WINTERBOTTOM, Michael; OLGIVIE, Robert (ed.). P. Cornelii Taciti opera minora. Oxford: Oxford Clarendon Press, 1975.
WOOD, Michael; TITAN Jr., Samuel. Um mestre entre ruínas. Teresa, v. 6-7, p. 504-10, 2005.
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Victor Bernardo Chabu
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online após o processo editorial (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal), já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
d. Autores autorizam a cessão, após a publicação, de seu conteúdo para reprodução em indexadores de conteúdo, bibliotecas virtuais, bases de dados de acesso público e similares.