Homero e o mundo vegetal

Autores

  • Maria de Fátima Silva Professora Catedrática, Instituto de Estudos Clássicos, Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos, Universidade de Coimbra. https://orcid.org/0000-0001-5356-8386

DOI:

https://doi.org/10.24277/classica.v32i2.885

Palavras-chave:

Odisseia, paisagens, espécies vegetais, nóstos, anagnórisis.

Resumo

Homero é reconhecido, séculos mais tarde, por Teofrasto como uma fonte a considerar em matéria botânica e algumas referências concretas lhe são feitas na História das plantas. Mas a importância desta componente, sobretudo na Odisseia, vai além de um propósito informativo sobre a relação entre as plantas e os diversos ambientes referidos no poema; a construção literária do nóstos de Ulisses passa também pela exploração simbólica das paisagens diversas que vai cruzando.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ASSUNÇÃO, Teodoro R. Lotófagos (Odisseia IX, 82-104): comida floral fácil e risco de desistência. Classica, v. 29, n. 1, p. 273-94, 2016. doi: https://doi.org/10.24277/classica.v29i1.416

BAUMANN, Hellmut. Le bouquet d’Athéna. Les plantes dans la mythologie et l’art grecs. Trad. Roger Barbier. Paris: Flammarion, 1984.

BOARDMAN, John. Odysseus’ travels: real and mythical geography. In: OLIVEIRA, F. (Ed.). Penélope e Ulisses. Coimbra: APEC, IEC, CECH, 2003, p. 25-34.

EDWARDS, Anthony T. Homer’s ethical geography: country and city in the Odyssey. Transactions of the American Philological Association, v. 123, p. 27-78, 1993.

HALLER, Benjamin S. Landscape description in Homer’s Odyssey. PhD. Pittsburgh: University of Pittsburgh, 2007.

HENDERSON, John. The name of the tree: recounting Odyssey XXIV 340-2. Journal of Hellenic Studies, v. 117, p. 87-116, 1997.

IRWIN, M. Eleanor. Odysseus’ ‘hyacinthine hair’ in Odyssey 6. 231. Phoenix, v. 44, n. 3, p. 205-18, 1990.

LOURENÇO, Frederico. Homero. Ilíada. Lisboa: Cotovia, 2005.

LOURENÇO, Frederico. Homero. Odisseia. Lisboa: Quetzal, 2018.

McINERNEY, Jeremy; SLUITER, Ineke. Valuing landscape in Classical Antiquity. Leiden; Boston: Brill, 2016.

MILES, Margaret. Birds around the temple: constructing a sacred environment. In: McINERNEY, Jeremy; SLUITER, Ineke (Ed.). Valuing landscape in Classical Antiquity. Leiden; Boston: Brill, 2016, p. 151-95.

MOULTON, Carroll. Similes in the Iliad. Hermes, v. 102, n. 3, p. 381-97, 1974.

SEGAL, Charles. The Phaeacians and the symbolism of Odysseus’ return. Arion, v. 1, n. 4, p. 17-64, 1962.

STANNARD, Joseph. The plant called moly. Osiris, v. 14, p. 254-307, 1962.

THANOS, Constantinos A. The geography of Theophrastus’ life and of his botanical writings (Περὶ φυτῶν). In: KARAMANOS, A. J.; THANOS, C. A. (Ed.). Biodiversity and natural heritage in the Aegean. Proceedings of the conference ‘Theophrastus 2000’. Atenas: Frangoudis, 2005, p. 23-45.

Publicado

2019-12-31

Como Citar

Silva, M. de F. (2019). Homero e o mundo vegetal. Classica - Revista Brasileira De Estudos Clássicos, 32(2), 157–180. https://doi.org/10.24277/classica.v32i2.885

Edição

Seção

Dossiê Poesia Hexamétrica Grega Arcaica