Vida como “estado de alma”, amizade à virtude. Uma homenagem ao nosso mestre Prof. Dr. Marcelo Pimenta Marques
DOI:
https://doi.org/10.24277/classica.v31i1.712Palavras-chave:
Platão, Filosofia Antiga, ética, alma, virtude.Resumo
O presente artigo faz uma homenagem ao professor Marcelo Pimenta Marques, ressaltando seu caráter como parte de seu legado a seus alunos e amigos. Destaca, na filosofia platônica, as concepções de virtude e vício, vida e morte “na” psykhé, como “estados de alma” conquistados segundo o grau de educação e amizade dos três gêneros da alma (tò logistikón, tò thymoeidés, tò epithymetikón), de autoconhecimento e conhecimento dos diferentes graus de Ser. Tal leitura reafirma a defesa de nossa tese de doutoramento que aponta a teoria da alma triádica como base da teoria ético-política de Platão, presentes sobretudo nos diálogos República e Leis.
Downloads
Referências
BRÈS, Y. La psychologie de Platon. Paris: Presses Universitaires de France, 1968.
BRISSON, L. Le corps animal comme signe de la valeur d’une âme chez Platon. Animal (L’) dans l’Antiquitè (congrès), 1997. p. 227-245.
CANTO-SPERBER, M. Les paradoxes de la vertu – Remarques sur la philosophie morale de Platon. Problèmes de la Morale Antique. Paris: Université d’Amiens, 1993. p. 59-74.
COOPER, J. La théorie platonicienne de la motivation humaine. Trad. M. Canto-Sperber et L. Brisson. Revue philosophique, Paris, v. 4, p. 517-543, 1991.
DIXSAUT, M. Le Naturel philosophe: essai sur les dialogues de Platon. 2. ed. Paris: Vrin-Les Belles Lettres, 1994.
DYBIKOWSKI, J. C. Critical notice of T. M. Robinson, Plato’s psychology. Canadian Journal of Philosophy, Alberta, v. 3, p. 131-142, 1973.
FRÈRE, Jean. Les Grecs et le Désir de L’Être: des Préplatoniciens à Aristote. Paris: Les Belles Lettres, 1981.
FRIAS, Ivan. A relação corpo-alma no Timeu em função do binômio saúde-doença. Cadernos de Atas da ANPOF, Rio de Janeiro, v. 1, p.111-116, 2001.
FRIAS, Ivan. Doença do Corpo, Doença da Alma: Medicina e Filosofia na Grécia Clássica. São Paulo: Loyola, 2005.
GILL, C. Plato and the education of character. Archiv Für Geschichte der Philosophie, Berlin, v. 67, p. 1-26, 1985.
KONSTAN, David. A amizade no mundo clássico. Tradução de Márcia Epstein Fiker. São Paulo: Odysseus Editora, 2005.
LAURENT, Jérôme. L’éducation et l’enfance dans les Lois. Revue Philosophique de la France et de l’Étranger, Paris, p. 41-56, 2000.
LISI, Francisco. Les Fondements Philosophiques du nomos dans les Lois. Revue Philosophique de la France et de l´Étranger, Paris, v. 1, p. 57-82, 2000.
LISI, Francisco. A alma do mundo e a alma humana no Timeu. Apontamentos para uma reinterpretação da psicologia platônica. Trad. André Yasbek. Hypnos, São Paulo, v. 10, n. 14, p. 57-69, 2005.
MARQUES, M. P. Phantasia chez Platon. In: VEGLERIS, E. (Ed.). Cosmos et Psychè. Mèlanges offerts à Jean Frère. Hildesheim: Georg Olms Verlag, 2005. p.123-141.
MARQUES, M. P. Platão, pensador da diferença. Uma leitura do Sofista. Coleção Humanitas. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2006.
MÜLLER, Robert. La Doctrine Platonicienne de la Liberté. Histoire des Doctrines de L’Antiquité Classique, XXI. Jean Pépin (Dir.). Paris: J. Vrin, 1997.
PLATON. Phédon. Trad. Monique Dixsaut. Paris: GF-Flammarion, 1991.
PLATON. Phédre. Trad. Luc Brisson. Paris: GF-Flammarion, 1989.
PLATON. Phédre. Collection des Universités de France. Trad. L. Robin. Paris: Les Belles Lettres, 1947.
PLATON. La République. Trad. P. Pachet. Paris: Gallimard, 1993.
PLATON. Les Lois. Collection des Universités de France. Trad et com. A. Diés. Tome XI et XII. C.U.F. Paris: Les Belles Lettres, 1956.
PLATON. Les Lois. Trad. et com. Luc Brisson et Jean-François Pradeau. I-II. Paris: GF-Flammarion, 2006.
PLATON. Timée/Critias. Trad. et com. Luc Brisson. Paris: GF-Flammarion, 1992.
PLATON. Timée. Collection des Universités de France. Trad. et com. Albert Rivauld. Tome X. C.U.F. Paris: Les Belles Lettres, 1956.
PLATÓN. Diálogos VIII-IX. Leyes. Trad. y com. Francisco Lisi. Madrid: Ed. Gredos, 1999.
PLATONIS Opera. T. IV tetralogiam VIII continens [Clitopho, Respvblica, Timaevs et Critia], recognovit brevique adnotatione critica instruxit Ioannes Burnet. Oxford: Oxford Clarendon Press, 1902.
PLATÃO. República. Trad. M. H. da Rocha Pereira. 7ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1993.
PLATÃO. Timeu. Trad. C. A. Nunes. Belém: Ed. Universidade Federal do Pará, 1986.
PLATÃO. As Leis. Trad. Edson Bini. Bauru, S.P: EDIPRO, 1999.
REALE, G. Corpo, Alma e Saúde: o Conceito de Homem de Homero a Platão. Trad. Marcelo Perine. São Paulo: Paulus, 2002.
REIS, M. D. Um olhar sobre a psykhé : o logistikón como condição para a ação justa nos livros IV e IX da República de Platão. 2000. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Programa de Pós-Graduação em Filosofia, FAFICH / UFMG, Belo Horizonte, 2000.
REIS, M. D. Sobre os mitos do destino das almas em Platão. Scripta Classica On-line, Belo Horizonte, n.1, abril de 2003. 21p.
REIS, M. D. Tripartição e unidade da psykhé no Timeu e nas Leis de Platão. 2007. Tese (Doutorado de Filosofia) – Programa de Pós-Graduação em Filosofia, FAFICH / UFMG, Belo Horizonte, 2007a. 304 p.
REIS, M. D. Por uma nova interpretação das doutrinas escritas: a filosofia de Platão é triádica. Kriterion Revista de Filosofia, Belo Horizonte, v. XLVIII, n. 116, p. 285-540. Jul. a Dez./2007. p. 379-398, 2007b.
REIS, M. D. Psicologia, Ética e Política: a tripartição da psykhé na República de Platão. São Paulo: Edições Loyola, 2009. 175p. (Coleção FAJE)
REIS, M. D. Virtude e Vício: tripartição e unidade da psykhé no Timeu e nas Leis de Platão. Rio de Janeiro: Ed. 7Letras, 2010. 272p.
RIST, J. M. Plato says that we have tripartite souls. If he is right, what can we do about it? In: Sophies Maietores (Chercheur de Sagesse), Mélanges J. Pépin. Paris: Institut d’Etudes Augustiniennes, p.103-124, 1992.
ROBERTS, Jean. Plato on the causes of wrongdoing in the Laws. Ancient Philosophy, Pittsburg, v. 7, p. 23-37, 1987.
ROBINSON, Thomas. A Psicologia de Platão. Tradução de Marcelo Pimenta Marques. São Paulo: Edições Loyola, 2009.
SAUNDERS, T. J. The structure of the soul and the state in Plato’s Laws. Eranos, v. 60, p. 37-55, 1962.
SCHILLER, J. Just men and just acts in Plato’s Republic. Journal of the History of Philosophy, Berkeley, v. 6, p. 1-14, 1968.
SMITH, Nicholas D. Plato’s analogy of soul and state. The Journal of Ethics. An international philosophical review, Dordrech, Hollande, v. 3, p. 31-49, 1999.
STALLEY, R. F. Plato’s doctrine of freedom. Proceedings of the Aristotelian Society, Oxford [UK], v. 98, p.145-158, 1998.
STEEL, C. The Moral Purpose of the Human Body. A Reading of Timaeus 69-72. Phronesis, Koninklijke Brill N.V., Leiden, XLVI, 2: p. 105-128, 2001.
STOCKS, J. L. Plato and the tripartite soul. Mind, Oxford, v. 24, p. 207-221, 1915.
TEIXEIRA, E. F. B. A Educação do Homem segundo Platão. Coleção Filosofia. São Paulo: Paulus, 1999.
VARGAS, A. Tres partes del alma en la República. Dianoia, Universidad Autónoma Metropolitana Iztapalapa, v. 37, p. 37-47, 1991.
VAZ, H. C. Lima. Antropologia Filosófica. V.I. São Paulo: Loyola, 1991.
VAZ, H. C. Lima. Escritos de Filosofia IV – Introdução à Ética Filosófica 1. São Paulo: Loyola, 1999.
WAGNER, Ellen (Dir.). Essays on Plato’s Psychology. Lanham; Boulder; New York; Oxford: Lexington Books, 2001.
WOOD, Mary Hay. Plato’s psychology in its bearing on the development of will. Mind, Oxford, v. 17, p. 193-213, 1908.
WOODS, Michael. Plato’s division of the soul. Proceedings of the British Academy, v. 73, p.23-48, 1987.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online após o processo editorial (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal), já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
d. Autores autorizam a cessão, após a publicação, de seu conteúdo para reprodução em indexadores de conteúdo, bibliotecas virtuais, bases de dados de acesso público e similares.