No reino da isotimia: diferenças sociais e mundo dos mortos em Luciano
DOI:
https://doi.org/10.24277/classica.v7i0.662Palavras-chave:
Luciano de Samósata, morte, crítica social na Antigüidade.Resumo
O objetivo deste trabalho é descrever e interpretar diversos aspectos da atitude de Luciano de Samósata com relação à morte e aos mortos. Nesse sentido, procuro demonstrar: (a) a conexão das obras de Luciano sobre o tema da morte com sua crítica social; (b) a relação entre morte e pobreza; e (c) o contraste entre a isotimia do Hades e as disparidades sociais. Concluo que mortos e pobres são formas alomórficas de uma mesma unidade de sentido no corpus lucianeum.
Downloads
Referências
ALFOELDY, G. Historia social de Roma. Madrid: Alianza, 1987.
AUERBACH, E. Mimesis: a representação da realidade na literatura ocidental. São Paulo: Perspectiva, 1971.
BALDWIN, B. Lucian as Social Satirist. The Classical Quartely, v. XI, n. 2, p. 199-208, 1961.
BALDWIN, B. Studies in Lucian. Toronto: Hakkert, 1973.
BAKHTIN, M. Problemas da poética de Dostoievski. Rio de Janeiro: Forense, 1981.
BACZKO, B. Utopia. In: Enciclopedia Einaudi, v. 5, Anthropos-Homem. Lisboa: Imprensa Nacional, 1985. p. 333-395.
BOMPAIRE, M.J. Lucien écrivain. Imitation et création. Paris: Boccard, 1958.
BOULANGER, A. Aelius Aristides et la sophistique duns lu province d'Asie au IIe. siècle de notre ère. Paris: Boccard, 1923.
BOWIE, E. The Readership of Greeks Novels in the Ancient World. In: TATUM, J. (Ed.). The Search for the Ancient Novel. Baltimore; London: Johns Hopkins Univ., 1994. p. 435-459.
BRANDÃO, J. L. A adivinhação no mundo helenizado do segundo século. Clássica, São Paulo, v. 4, n. 4, p. 103-121, 1991.
BRANDÃO, J. L A poética do hipocentauro: identidade e diferença na obra de Luciano de Samósata. 1992. Tese (Doutorado) - Universidade de São Paulo, São Paulo, 1992.
BRANDÃO, J. L. Doentes, doença, médicos e medicina em Luciano de Samósata. Cadernos de História e Filosofia da Ciência, Campinas, v. 2, n. 2, p. 1-20, 1990.
BRANDÃO, J. L. La morsure du chien: Philosophie et politique dans le Nigrinus de Lucien. In: LEVEQUE, P.; TRABULSI, J. A. D.; CARVALHO, S. (Ed.). Recherches bresiliennes: Archeologie, Histoire ancienne et Anthropologie. Besançon: Université de Besançon, 1994. p. 79-93.
BRANDÃO, J. L. Perspectivas de alteridade na obra de Luciano de Samósata. Clássica, Belo Horizonte, n. 3, p. 137-148,1990.
BRECHT, B. Estudos sobre teatro. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,1978.
CASTER, M. Lucien et la pensée religieuse de son temps. Paris: Belles Lettres, 1937.
CAVALLO, G. Dal segno incompiuto al segno negato. Quaderni Storici, n. 38, p. 466-487, 1978.
CELSO. Contro i cristiani. Trad., prem. e note di S. Rizzo. Milano: Rizzoli, 1989.
CHAUI, M. Janela da alma, espelho do mundo. In: NOVAIS, Adauto (Org.). O olhar: São Paulo: Cia. das Letras, 1989.
DELZ, J. Lukians Kenntnis der athenischen Antiquitaten. Freiburg in der Schweiz: Paulusdruckerei, 1950.
DIODORUS SICULUS. Bibliotheca historica. Ex rec. I. Bekkeri. Leipzig: B.G. Teubner, 1853. 4 v.
DOWDEN, K. The Roman Audience of the Golden Ass. In: TATUM, J. (Ed.). The Search for the Ancient Novel. Baltirnore; London: Johns Hopkins Univ., 1994. 4 v. p. 419-434.
FERGUSON, J. A herança do helenismo. Lisboa: Verbo, 1973.
FERGUSON, J. Utopias of the Classical World. London: Tharnes and Hudson, 1975.
FILOSTRATO. Vida de los sofistas. In: Biografos griegos. Trad. de A. S. Romanillos, J. O. y Sanz e J. M. Riano. Madrid: Aguilar, 1973. p. 1383-1456.
FREITAS, M. V. A descoberta da ficção: a crônica e o Brasil no século XVI. Belo Horizonte: Faculdade de Letras da UFMG, 1990.
FUNARI, P. P. A. Cultura popular na Antiguidade clássica. São Paulo: Contexto, 1989.
GALLARDO, M. A. G. Una vasta parafrasis de Aristoteles. In: ______. (Ed.). Teoria de los géneros literarios. Madrid: Arco, 1988. p. 9-27.
GÓMEZ ESPELOSÍN, F. J. Tierras fabulosas del imaginario griego. In: GOMEZ ESPELOSIN, F.J.; PEREZ LARGACHA, A.; VALLEJO GIRVES, M. Tierras fabulosas de la Antigüedad. Alcala de Henares: Univ. de Alcala, 1994. p. 101-303.
JONES, C. P. Culture and Society in Lucian. Cambridge: Harvard Unv., 1986.
HOMER. The Iliad of Homer. Ed. by M. M. Willcock. Hampshire; London: Macmillan, 1984. 2 v.
HOUSEHOLDER, F. W. Mock Decrees in Lucian. TAPA, v. 71, p. 199-216, 1940.
LACALLE, F. G. Cristianos y cínicos: una tipificación del fenómeno cristiano durante el siglo II. Memorias de Historia antigua, n. VII, p. 111-119, 1986.
LEGRAND, P. E. Les Dialogues des courtisanes cornpares avec la comédie. Revue des Études grecques, n. XX, p. 176-231, 1907; n. XXI, p. 39-79,1908.
LONGO, O. Alcifrone: lo spazio del piacere. In: ALCIFRONE. Lettere diparassiti e di cortigiane. A cura di E. Avezzu e O. Longo. Venezia: Marsilio, 1985.
LUCIAN. Lucian [Obras completas]. With an English Translation by A. M. Harmon, K. Kilbum e M. D. Macleod. London; Cambridge: W. Heinemann; Harvard Univ., 1925-1979. 8 v.
MARROU, H.-I. Historia da educação na Antiguidade. São Paulo: EPU, 1975.
MESK, J. Lukians Timon. Rheinisches Museum, N. F., n. 70, p. 107-144, 1915.
PAULO, S. Πρός Κολοσσάεις. Ιn: Η καίνη διαθήκη. London: The British and Foreign Bible Society, 1975. p. 609-618.
PERETTI, A. Luciano: un intellettuale greco contro Roma. Firenze: La Nuova Vita, 1946.
REALE, G. Historia da Filosofia antiga. Trad. M. Perine e H. C. L. Vaz. São Paulo: Loyola, 1994. 5 v.
ROLLESTONE, J. D. Lucian and Medicine. Janus, n. 20, p. 83-108, 1915.
SARTRE, J.-P. El ser y la nada. Madrid: Alianza, 1984.
SAVIGNAC, J. de. La Sagesse du Qôhéléth et I'Epopée de Gilgamesh. Vetus Testamentum, v.XXVIII, n. 3,1978, p. 318-323.
SCHWARTZ, J. Biographie de Lucien de Samosate. Bruxelles: Latomus, 1965.
STEPHENS, Susan A. Who Read Ancient Novels? In: TATUM, J. (Ed.). The Search for the Ancient Novel. Baltimore; London: Johns Hopkins Univ., 1994. p. 405-418.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online após o processo editorial (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal), já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
d. Autores autorizam a cessão, após a publicação, de seu conteúdo para reprodução em indexadores de conteúdo, bibliotecas virtuais, bases de dados de acesso público e similares.