O trágico entre o conceito e a ação dramática: alcance e hesitações da filosofia do trágico

Autores

  • Gilmário Guerreiro da Costa UniversUniversidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.14195/2176-6436_26-1_5

Palavras-chave:

Filosofia do trágico, Tragédia, Conceito, Ação dramática, Finitude

Resumo

O presente trabalho esforça-se por analisar e compreender a busca de uma inteligibilidade da tragédia ensaiada pela filosofia do trágico. Entre as dificuldades nesse percurso sobressaem as ligadas à elaboração do conceito de trágico, seja por se haver banalizado a ideia de tragédia, seja pela homogeneidade e fechamento peculiar ao conceito e às definições, assim revelando-se insuficiente para tocar os múltiplos planos de abertura de uma obra de arte. Por vezes semelhante especulação filosófica avizinhou-se de uma investigação pouco trágica do problema do trágico. Uma ideia fecunda e consistente de Peter Szondi concerne à afirmação do trágico enquanto ação dramática, e não uma essência abstrata. Não existe em si, mas enquanto cena. No limite, trata-se de prover meios para uma tragicidade do ato mesmo de ler.

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Biografia do Autor

  • Gilmário Guerreiro da Costa, UniversUniversidade de Brasília

    Universidade de Brasília - Universidade Católica de Brasília.

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Publicado

2013-06-30

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Costa, G. G. da. (2013). O trágico entre o conceito e a ação dramática: alcance e hesitações da filosofia do trágico. Classica - Revista Brasileira De Estudos Clássicos, 26(1), 101-115. https://doi.org/10.14195/2176-6436_26-1_5