Brekekekex Koax Koax: Grenouilles-déesses de Grèce
Resumo
A partir da referência a rãs, na inscrição da base de um trípode déifico, pretende-se, à luz de dados epigráficos e literários, definir a figura de Deusas-rãs na Grécia. Assim, na Macedônia, existiu uma Ártemis-rã (Ártemis Blaganîtis); o simbolismo religioso das rãs transparece nas Rãs de Aristófanes, onde elas constituem o coro. Sua importância A assinalada ao se comparar o texto de Aristófanes com um hino do Rig-Veda (VII, 13) consagrado às rãs. Pouco integrada no mito, deve-se, no entanto, ressaltar alguns mitos de transformação de inimigos em rãs, na Grécia e também em outras culturas. Finalmente o estudo do vocabulário acrescenta novas luzes à documentação discutida. A rã não é uma protagonista, como outros animais, no imaginário grego, mas representa também um papel que merece destacar. Tem uma função semântica que é a de significar a vida saltitante e criativa do meio aquático e dos animais que o povoam. Está ligada à mulher, associada à sua vida sexual, encarna a fecundidade, a fertilidade, a renovação do mundo. Daí ser próxima das deusas a quem ela é ofertada e das quais é uma saltitante hipóstase, quer se trate de Mães ou de uma filha como Ártemis, que se deleita também na umidade dos pântanos.
Palavras-chave
Texto completo:
PDF (Français (France))Referências
BODSON, L. Hiera Zoia. Bruxelles, 1978.
CHANTRAINE, P. Dictionnaire étymologique de la langue grecque. Paris: Klincksieck, 1968.
DEONNA, W. Sauriens et batraciens. Revue des Études Grecques, Paris, v. 32, p. 146-150, 1919.
DEONNA, W. L’ex-voto de Cypselos à Delphes. Revue de l’Histoire des Religions, Paris, v. 139, n. 2, p. 162-207, 1951.
DEONNA, W. La femme et la grenouille. Gazette des Beaux-Arts, Paris, v. 40, p. 230-240, 1952.
EITREM, S. Varia, Symboles Osloenses. Oslo, 1932.
GALLET DE SANTERRE, H. Délos primitive et archaïque. Paris: De Boccard, 1958.
HATZOPOULOS, M.-B. Artémis Digaia Blaganitis en Macédoine. Bulletin de Correspondance Hellénique, Paris, v. 111, p. 397-412, 1987.
JEAN, G. Le pouvoir des contes. Paris: Casterman, 1981.
LANG, A. Myth, ritual and religion. Londres, 1906. [reimpression New York, 1968]
MOTTE, A. Prairies et jardins de la Grèce antique. Bruxelles: Palais des Academies, 1973.
PERNY, B.-E. Babrius and Phaedrus. Harvard: Harvard University Press, 1965.
SEBILLOT, P. Le folk-lore de France (réimpression). Paris: E. Guilmoto, 1968.
WHITE, J.-W. The verse of Greek comedy. Londres, 1912.
DOI: https://doi.org/10.24277/classica.v5i1.551
Métricas do artigo
Metrics powered by PLOS ALM
Apontamentos
- Não há apontamentos.
Direitos autorais 2018 Pierre Lévêque

Esta obra está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.
Classica está licenciada sob a Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional