Religião e política na Grécia, das origens até a pólis aristocrática
DOI:
https://doi.org/10.24277/classica.v5i1.550Palavras-chave:
Grécia antiga, religião, política, história social.Resumo
Os estudos sobre religião grega do grupo de Paris e a visão da política antiga oferecida por Finley têm dominado a cena dos estudos antigos nos últimos vinte anos. No Brasil, depois de longa demora, as traduções de Vernant e Detienne se multiplicam atualmente, o que é, evidentemente, excelente. Entretanto, o leitor brasileiro e sobretudo os estudantes universitários merecem saber que a visão desses autores não é a única e que, além disso, como toda visão, é passível de crítica. Em especial, os estudos ditos estruturalistas têm grande dificuldade em dar conta do movimento da religião grega enquanto história. Ora, uma outra visão não é apenas possível, como já existe. No prosseguimento da obra de Georges Dumézil, Pierre Lévêque e outros desenvolveram uma visão da religião grega antiga substancialmente diferente do modelo estruturalista. O meu objetivo aqui é portanto apresentar ao público brasileiro um pouco desta outra visão, mas de forma concreta, de conteúdo, e não sob uma forma de crítica metodológica (o que fiz em outro trabalho) ou de apresentação historiográfica.
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