"Noctem sideribus inlustrem...” (Tacite, Ann. XIV, 5, l). Quel est le sens exact de ce passage et qu’apporteil au récit de Ia mort d’Agrippine et a l’écriture de Tacite?

Autores

  • José Mambwini Kivuila-Kiaku Noisy-le-Grand France

DOI:

https://doi.org/10.24277/classica.v11i11/12.467

Palavras-chave:

causalidade, textualidade narrativa, poética, beleza, narração.

Resumo

Meditação sobre a tragédia humana, as narrativas tacitianas tendem não somente a ordenar e a expor os fatos mas tambám, e sobretudo, a sugerir planos de fundo psicológicos que se escondem por detrás da realidade sensível. Tacito – sabe-se – organiza suas narrativas com a finalidade de provocar na consciência de seu leitor uma série de emoções capazes de engendrar um estado de sensibilidade que o predispõe a compreender melhor as causas dos acontecimentos que Roma conheceu e que precipitaram sua decadência. Para atingir esse fim ele recorre a apresentação poética. Esta, ao mesmo tempo em que dá à narrativa de Tácito certa beleza, participa da estratégia de persuasão, tocando a imaginação dos leitores. Assim, a frase dos Anais XIV, 5, 1 e, sem dúvida, um exemplo entre tantos outros que mostram que, em Tácito, a poesia tem um conteúdo de pensamento que exprime ou aproxima a verdade histórica. E também um belo exemplo que, na literatura latina, mostra como é difícil a tarefa de um historiador pós-clássico, de unir a realidade histórica ao cuidado com o belo e ao respeito a complexidade dos acontecimentos históricos. Nas narrativas de Tácito, frequentemente marcada pela dimensão dramática, a apresentação poética dos acontecimentos entra na estratégia da persuasão que incita os leitores a melhor apreender o sentido oculto da história.

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Publicado

1999-12-04

Edição

Seção

Outros temas sobre a Antiguidade Clássica

Como Citar

Kivuila-Kiaku, J. M. (1999). "Noctem sideribus inlustrem...” (Tacite, Ann. XIV, 5, l). Quel est le sens exact de ce passage et qu’apporteil au récit de Ia mort d’Agrippine et a l’écriture de Tacite?. Classica - Revista Brasileira De Estudos Clássicos, 11(11/12), 307-319. https://doi.org/10.24277/classica.v11i11/12.467