Morts de Priam et d'Astyanax: deux scènes interdites dans les poèmes homériques (Réflexions sur la tradition épique homérique et la circulation des images en Grèce antique)
DOI:
https://doi.org/10.24277/classica.v13i13/14.441Palavras-chave:
Ilíada, imagem e escrita, vasos áticos, inscrições de nomes em vasos, assassínio de um ancião.Resumo
As imagens representando um jovem guerreiro que golpeia um ancião com o corpo de uma crianca constituem, na Grécia dos anos 570-460 a.C., um corpus coerente e rico, que permanece sem equivalente nas tradições textuais ou literárias. Se a autonomia das tradições iconográficas e textuais é um fato reconhecido, é preciso acentuar que existem sempre, entre os diversos sistemas simbólicos de uma mesma cultura, relações complexas de complementaridade, de compensação e de influência. Nas tradições poéticas e literárias, evidencia-se o fato de que a Ilíada exerceu uma influência essencial que tornava difícil a crítica a um jovem herói do qual se esperava que procedesse a imagem de Aquiles. Entretanto, enquanto os textos parecem visivelmente incomodados por denunciar, de forma por demais explicita, a violência de Neoptólemo, as imagens, que não têm necessidade de nomear, são mais livres para sugerir o que o texto repudia ou silencia. Quanto aos vasos que nomeiam figuras, a escrita está sempre em sentido oposto ao da sugestão da imagem, quando não a torna confusa.
Downloads
Referências
ANDERSON, Michael J. The fall of Troy in early Greek poetry and art. Oxford: Clarendon Press, 1997.
BOUVIER, David. Le sceptre et la lyre. L'Iliade ou les héros de la mémoire. Grenoble: Millon, 2002.
DUGAS, C. Traditions littéraires et traditions graphiques dans l'Antiquité grecque. Antiquité Classique. Louvain-la-Neuve, v. 6. p. 5-26, 1937. Repris in RECUEIL CHARLES DUGAS. Paris: de Boccard, 1960, p. 59-74.
MANGOLD, Meret. Kassandra in Athen. Die Emberung Trojas auf Attischen Vasenbildern. Berlin: Reimer, 2000.
MORRIS, Sarah. The sacrifice of Astyanax: Near Eastem contributions to the siege of Troy. In CARTER, J. B.; MORRIS, S. P. The Ages of Homer. Austin: of Texas Press, 1995, p. 221-246.
MOTA, Charlotte. Sur les représentations figurées de la mort de Troïlos et de la mort d' Astyanax. Revue archéologique. Paris, v. 49, p. 25-44, 1957.
NEILS, Jenifer. Priamos. In Lexicon Iconographicum Mythologiae Classicae. Zurich - Munich: Artemis Verlag, 1994, v 7.1, p. 507-21.
POMARI, Alessandra. Le massacre des innocents. In BRON, C.; KASSAPOGLOU, E. L'image en jeu. De l'Antiquité a Paul Klee. Yens-sur-Morges: Cabedita, 1992, p. 103-127.
RUTHERFORD, Ian. Pindar's paeans. A reading of the fragments with a survey of the genre. Oxford: University Press, 2001.
SPARKES, Brian A. Aspects of Onesimos. In BOULTER, C. G. Greek Art Archaic into Classical. Leiden: Brill, 1985, p. 18-39.
TOUCHEFEU, Odette. Astyanax I. In Lexicon Iconographicum Mythologiae Classicae. Zurich - Munich: Artemis Verlag, 1981, v. 2.1, p. 507-21.
TOUCHEFEU, Odette. Lecture des images mythologiques. Un exemple d'images sans texte, la mort d'Astyanax. In LISSARRAGUE, E; THELAMON, E, Images et céramiques grecques. Rouen: [s. n.], 1983, p. 21-27 et (discussion avec E. Keuls: p. 171 -172).
WIENCKE, Matthew I. An epic theme in Greek Art. American Journal ofArcheology. New York, v. 58, p. 285-306, 1954.
WILLIAMS, Dyfri. The Ilioupersis Cup in Berlin and the Vatican. Jahrbuch der Berliner Museen. Berlin, v. 18, p. 9-23, 1976.
WILLIAMS, Dyfri. Onesimos and the Getty Iliupersis. In Greek Vases in the J. Paul Getty Museum. Malibu, v. 5, p. 41-64, 1991.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online após o processo editorial (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal), já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
d. Autores autorizam a cessão, após a publicação, de seu conteúdo para reprodução em indexadores de conteúdo, bibliotecas virtuais, bases de dados de acesso público e similares.