Tacite et le “discours idéologique” sur le principat. Histoire et philosophie dans rélaboration de la pensée politique de Tacite
DOI:
https://doi.org/10.24277/classica.v15i15/16.275Palavras-chave:
Adulatio, ideologia, libertas, obsequium, necessitas, principado.Resumo
Os escritos históricos de Tácito consistem, sem dúvida numa profunda reflexão dramática sobre a sucessão dos imperadores. Criticando-lhes a personalidade e as ações políticas, o historiador transformou, por assim dizer, sua obra histórica num verdadeiro discurso ideológico no qual ele se entrega, por meio dos relatos, a uma profunda reflexão sobre o principado como regime. Apesar de seu caráter tirânico, Tácito considera o Principado como uma necessitas para o bem estar e a grandeza do Império. Daí seu desejo de vê-lo conduzido por um único homem, o princeps, mesmo que ele seja um mau dirigente. E porque o príncipe é a garantia constitucional da unidade do Império, Tácito exorta os senadores a adotar um tipo de comportamento que lhes permitirá evitar tanto os excessos ligados á adulatio como os que são acarretados por uma oposição radical e estéril em relação ao regime. É o que ele chama de “obsequium”. A presença desse discurso em sua obra histórica, discurso que situa a consciência humana no centro do devir histórico e que se funda na personalidade individual do príncipe, é uma prova evidente de que, salvo seu cuidado histórico, Tácito desejava exprimir-se sobre o Principado; para ele essa era uma forma intelectual de tomar parte nos debates filosóficos da época, orientados para a natureza do regime fundado por Augusto, regime dominado por um duplo problema, a saber: o da libertas de ação para os indivíduos, de um lado, e o do papel do Senado, de outro.Downloads
Referências
AUBRION, E. Rhétorique et Histoire chez Tacite. Metz: L’Université de Metz, 1985.
AUBRION, E. Tacite et la notion de corps social ('Ann., XI, 27). Latomus, v. 49, n. 1, p. 154-160, 1990.
AUBRION, E. L’eloquentia de Tacite et sa fides d’historien. ANRW II, v. 33, n. 4, p. 2597-2688, 1991.
BARBU, N. Concetti di Tacito sulla morale et sulla politica. Q.U., v. 3, p. 121-130, 1973.
BERANGER, J. Recherche sur l’aspect idéologique du principat. Basel: Friedrich Reinhardt, 1953.
BERANGER, J. Principatus. Étude de notions et d’histoire politiques dans 1’Antiquité gréco-romaine. Genève: Librairie Droz, 1973.
BERANGER, J. L’expression du pouvoir suprêm e chez Tacite. Du pouvoir dans 1’Antiquité: mots etréalités. Cahier du Glotz I (sous la dir. De C. Nicolet), Genève, p. 181-205, 1990.
BERANGER, J. Imperium, expression et conception du pouvoir impérial. R.E.L., v. 55, p. 325-344, 1977.
CASTRO, A. D. Tacitus and “Virtues” of the Roman Emperor: the Role of Imperiel Propaganda in Historiography of Tacitus. Indiana University, 1972.
CIZEK, E. Histoire et historiens à Rome dans 1’Antiquité. Lyon: Presses Universitaires de Lyon, 1995. [surtout p. 217-253].
DEVILLERS, O. L’art de la persuasion dans les Annales de Tacite. Latomus, Bruxelles, v. 223, 1994.
DEVILLERS, O. L’obsequium selon Tacite. Un sénateur face au régim e impérial. In: CONGRÈS DE LIÈGE, 4., 1992. Liège. Actes... Liège, 1992. p. 544-59.
DEVILLERS, O. Les “confidences” de Tacite dans les Annales. L.E.C, v. 68, n. 1 p. 27-45, 2000.
DUCOS, M. La liberté chez Tacite: droits de l’individu ou conduite individuelle?. B.A.G.B, v. 1, p. 194-217, 1971.
ENGEL, J.-M. Tacite et 1’étude du comportement collectif. Lille, 1972.
FLACH, D. Einführung in die römische Geschichtsschreibung. Darmstadt: Wissenschaftliche Buchgesellschaft, 1985.
GINSBURG, J. Tradition and Theme in the Annals of Tacitus. Salem: Ayer, 1984.
GRIMAL, P. Tacite. Paris: Fayard, 1990.
GRIMAL, P. Les erreurs de la liberte. Paris: Les Belles Lettres, 1990.
GRIMAL, P. La littérature latine. Paris: Fayad, 1994.
LE GLAY, M. Rome. Grandeur et chute de L’Empire. Paris: Perrin, 1992.
MAMBWINIK IVUILA-KIAKU, J. La causalité historique chez Tacite. Réflexions sur la “pensée historique” de Tacite à travers les fondements philosophiques, psychologiques et religieux de la notion des “causes”. [Paris: Univ. de Paris-Sorbonne. Paris IV, Nov. 1993]. Lille, A.N.R.T, 1994 (version condensée).
MAMBWINIK IVUILA-KIAKU, J. La “beauté” chez Tacite: expression rhétorique et philosophique de son idéal historique. L.E.C., v. 63, n. 2, p. 115-134, avril 1995.
MAMBWINIK IVUILA-KIAKU, J. Destin, liberté, nécessité et causalité chez Tacite ou la philosophie tacitéenne de la dignitas humana. AC, v. 64, p. 111-127, 1995.
MAMBWINIK IVUILA-KIAKU, J. Nobis in arto et inglorius labor’ (Tacite, Annales IV, v. 32, n. 2): beauté et gloire dans 1’élaboration de la pensée tacitéenne. Humanitas, v. 48, p. 151-160, 1996.
MAMBWINIK IVUILA-KIAKU, J. Causalité historique et philosophie de l’histoire chez Tacite. Latomus, v. 56, fase 4, p. 829-846, oct.-déc. l997.
MAMBWINIK IVUILA-KIAKU, J. La dimension anthropologique de 1’analyse de causes historiques chez Tacite: religio et sacré dans la pensée de l’historien et du uulgus. Euphrosyne, v. 25, p. 133-151, 1997.
MAMBWINIK IVUILA-KIAKU, J. Le “temps” chez Tacite. Introduction à la réflexion sur la “dimension philosophique de la notion du temps” dans l’oeuvre historique de Tacite. Humanitas, v. 50, p. 97-111, 1998.
MICHEL, A. La causalité historique chez Tacite. R.E.A., v. 61, n. 1-2, p. 96-106, jan.-jun, 1959.
MICHEL, A. Tacite et le destin de 1’empire. Paris: A. Colin, 1966
MICHEL, A. La philosophie politique à Rome d’Auguste à Marc Aurèle. Paris: A. Colin, 1969.
MICHEL, A. Tacite a-t-il une philosophie de l’histoire?. Studi Clascice, v. 12, p. 105-115, 1970.
MIORS, L. L’ideale di Tacito e il suo pessimismo. A.A.R.O.W., 6e sér., v. 16-17, p. 23-29, 1976-1977.
MOMIGLIANO, A. Les fondements du savoir historique. Paris: Les Belles Lettres, 1992.
SHAMINGA, B. K. La justice de Néron d’après Tacite. 1997. Thèse (Doctorat) – Lille: Univ. Lille, 1997.
ZEHNACKER, H.; FREDOUILLE, J.-C. Littérature latine. Paris: PUF, 1993.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online após o processo editorial (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal), já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
d. Autores autorizam a cessão, após a publicação, de seu conteúdo para reprodução em indexadores de conteúdo, bibliotecas virtuais, bases de dados de acesso público e similares.