Gemina Venus
os percursos do amor no conto de Psiquê e Cupido
DOI:
https://doi.org/10.24277/classicaj.35.2022.1021Palavras-chave:
Apuleio, Metamorfoses, romance latino , Psiquê e CupidoResumo
O conto de Psiquê e Cupido (Apuleio, Metamorfoses, IV, 28-VI, 24), por sua natureza simbólica, apresenta uma série de níveis interpretativos, que ultrapassam a justificativa textual de sua inserção na obra, explicitada, no passo que antecede o relato, pelo uso de auocare (“afastar pela palavra, desviar, distrair”). Nosso propósito aqui é discutir uma dessas camadas significativas da narrativa, a partir da bipartição de Vênus em duas deusas (Venus uulgaria e Venus caeles), tal como apresentada por Apuleio em sua Apologia (12, 1-5), associando-a às figuras da própria Vênus e à de Psiquê, bem como à representação paródica dos deuses do panteão tradicional grego, em especial de Cupido, com ênfase no desfecho da fabula.
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