Plaisir et amitié: Homère et Aristote en dialogue
DOI:
https://doi.org/10.14195/2176-6436_22-1_1Palavras-chave:
Amitié, affection, compassion, plaisir, apaisement, contentement, émotion, intimité, obligation, désir, altruisme, vulnérabilité, Aristote, Homère.Resumo
L’affection et la compassion ont en commun d’être des emotions sociales, mais si la première est accompagnée de plaisir, la seconde est accompagnée de peine, selon Aristote. Il est cependant possible, selon Homère à la différence d’Aristote, d’éprouver de la compassion pour l’ami. Nous interrogeons ici le lien entre compassion et affection et montrons qu’en tant qu’émotions, elles sont constituées d’un désir d’agir en vue du bien de l’autre, c’est-à-dire d’un désir altruiste chez Homère. La satisfaction de ce désir produit un plaisir double qui prend la forme du contentement et de l’apaisement. Nous illustrons notre propos en établissant un dialogue entre Homère et Aristote.Downloads
Referências
ADKINS, A. W. H. Merit and Responsibility: a Study in Greek Values. Oxford: Clarendon Press, 1970.
BEM-ZE’EV, A. The Subtlety of Emotions. Cambridge: MIT Press, 2000.
BENVENISTE, E. Le vocabulaire des institutions indo-européennes. Paris: Minuit, 1969. v. 1.
BERGSON, H. Essai sur les données immédiates de la conscience. Paris: PUF, 1989.
BOSTOCK, D. Pleasure and Activity in Aristotle’s Ethics. Phronesis, v. 33, p.251-272, 1998.
COOPER, J. An Aristotelian Theory of the Emotions. In: RORTY, E. (Ed.). Essays on Aristotle’s Rhetoric. Berkeley: University of California Press, 1996.
COOPER, J. Aristotle on Friendship. Knowledge, nature, and the good: essays on ancient philosophy. Princeton: Princeton University Press, 2004.
DOSTOÏEVSKI, F. Les frères Karamazov. Trad. Henri Mongault. Paris: Livre de Poche, 1994.
FREDE, D. Pleasure and Pain. In: KRAUT, R. (Ed.). The Blackwell Guide to Aristotle’s Nicomachean Ethics. Oxford: Blackwell, 2005. p. 263-271.
HAMMER, D. The Iliad as Ethical Thinking: Politics, Pity, and the Operation of Esteem. Arethusa, v. 35, n. 2, p. 203-235, 2002.
HATFIELD, E.; RAPSON, R. L. Love and Attachment Process. In: LEWIS, M.; HAVILAND-JONES, J. M. Handbook on Emotions. New York: Guilford Press, 2000. p. 654-662.
HOOKER, J. Homeric φίλος. Glotta, v. 65, p.44-65, 1987.
KAKRIDIS, H. (La notion…, p.22).
KIM, J. The Pity of Achilles. Oral Style and the Unity of the Iliad. Lanham: Rowman & Littlefield Publishers, 2000.
KONSTAN, D. Friendship in the Classical World. Cambridge: Cambridge University Press, 1997.
KONSTAN, D. The Emotions of the Ancient Greeks. Studies in Aristotle and Classical Literature. Toronto: University of Toronto Press, 2007.
LEFEBVRE, D. Bonheur et amitié. Que font les hommes heureux?. In: DESTRÉE, Pierre (Dir.). Aristote. Bonheur et vertu. Paris: Presses Universitaires de France, 2003.
LEIGHTON, S. Aristotle and the Emotions. In: RORTY, E. (Ed.). Essays on Aristotle’s Rhetoric. Berkeley: University Press of California, 1996.
LÉVINAS, E. Le temps et l’autre. Paris: PUF, 1985. (Quadrige)
NUSSBAUM, M. The Fragility of Goodness. Cambridge: Cambridge University Press, 2001.
NUSSBAUM, M. Upheavals of Thought: the Intelligence of Emotions. Cambridge: Cambridge University Press, 2003.
SCOTT, M. Pity and Pathos in Homer. Acta Classica, v. 22, p. 1-14, 1979.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online após o processo editorial (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal), já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
d. Autores autorizam a cessão, após a publicação, de seu conteúdo para reprodução em indexadores de conteúdo, bibliotecas virtuais, bases de dados de acesso público e similares.
