Recepção do mundo epistémico da Antiguidade na historiografia Renascentista (performance humanista): as Collectaneas e os loci communes

Autores

  • Ana Isabel Correia Martins Universidade de Coimbra

DOI:

https://doi.org/10.14195/2176-6436_23_7

Palavras-chave:

Imitatio, performance retórica, loci communes, princípio filológico, res et uerba.

Resumo

O Renascimento revaloriza os pressupostos da Antiguidade, num processo de imitatio em que recupera códigos e actualiza matrizes estético-literárias. O Humanismo quinhentista exibiu o seu máximo fulgor nas aspirações morais, problematizações filosóficas, aliadas a um laborioso e escrupuloso trabalho filológico de tradução e análise dos clássicos. Os humanistas, apercebendo-se do potencial desta uox universalis ao serviço da performance pedagógica, imprimem uma nova concepção historiográfica, central na Ratio Studiorum e na difusão das litteris humaniores. Proliferam por toda a Europa colectâneas, um género fértil não só pelo seu carácter enciclopédico, pois organiza e compagina o legado clássico em loci communes, mas também porque giza a educação integral do indivíduo. Refinando a nossa análise, devemos ainda reconhecer que na historiografia renascentista tece-se uma (inter)dependência entre retórica e a dialéctica, que se consubstancia e funde na res et uerba, o programa do humanismo filológico.

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Publicado

2010-09-02

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Seção

Artigos

Como Citar

Martins, A. I. C. (2010). Recepção do mundo epistémico da Antiguidade na historiografia Renascentista (performance humanista): as Collectaneas e os loci communes. Classica - Revista Brasileira De Estudos Clássicos, 23(1/2), 132-142. https://doi.org/10.14195/2176-6436_23_7