A ΕΚΦΡΑΣΙΣ do manto de Jasão nas Argonáuticas e seu modelo iliádico
DOI:
https://doi.org/10.24277/classica.v32i1.837Palavras-chave:
Argonáuticas, Apolônio de Rodes, poesia épica, ekphrasis.Resumo
Este artigo se propõe a discutir a ἔκφρασις do manto de Jasão, presente no livro 1 das Argonáuticas de Apolônio de Rodes, a partir do diálogo estabelecido com seu principal modelo no âmbito da poesia épica: o escudo de Aquiles, descrito no livro 18 da Ilíada. A descrição do manto de Jasão nas Argonáuticas está inserida no episódio da ilha de Lemno (Arg. 1.609-909), a primeira ἀριστεία dos argonautas durante a navegação em direção à Cólquida. O manto é composto por sete cenas mitológicas que aludem a diferentes temas abordados ao longo dos quatro cantos das Argonáuticas. Há, portanto, uma finalidade programática presente na descrição desse artefato, de modo a funcionar como um sumário de temas explorados pelo poeta na composição de um epos que destoa de seu modelo homérico. Em anexo, é apresentada a tradução integral da ἔκφρασις do manto (Arg. 1.721-87).
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